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Programa sobre suicídio

O longa As Vantagens De Ser Invisível conta a história de um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. O filme dirigido por Stephen Chbosky é doce e com profundidade sobre as inseguranças da adolescência, em que o protagonista é abalado após o suicídio de seu melhor amigo, além de carregar outros sentimentos negativos que o levam à depressão.


Enfrentando suas dificuldades e traumas de infância, ele cria novos vínculos pessoais e amizades importantes que lhe dão amparo, mais força e motivação para novas vivências
e perspectivas.

Crítica cinema - Saúde Mental
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Um dos primeiros passos para a prevenção ao suicídio é quebrar o tabu que ainda envolve o assunto. Nesse sentido, o Cinema tem grande importância na conscientização, no estímulo ao debate e no poder de criar empatia com aqueles que passam ou já passaram por situações de vulnerabilidade emocional e saúde mental fragilizada. 

Dicas de Raquel Gomes 

Sense8, das irmãs Wachowsky

“Sense 8” é uma série original Netflix, que alia entretenimento a questões humanas e sociais importantes. Oito pessoas de diferentes partes do mundo são interligadas através de uma misteriosa conexão sensitiva e juntas tentam descobrir o que isso significa, envoltos a uma trama de muita ação. Entre essas pessoas, está um ator mexicano gay e uma transexual americana, vivida por uma atriz que também é trans.

Dicas de cinema

“Canção da Volta” é um longa-metragem brasileiro dirigido por Gustavo Rosa de Moura, com Marina Person e João Miguel nos papéis principais. O filme traz uma narrativa complexa sob o ponto de vista do marido de uma mulher que já tentou suicídio. A família, incluindo os filhos, agora tentam superar esse fantasma. Somos imersos na intimidade deles e é interessante perceber como não há a intenção do filme de vilanizar ou vitimizar ninguém.

 

Todos os personagens são multidimensionais, mostrando suas nuances de desequilíbrio e também de superação. O marido, que vai cada vez mais se entregando ao desejo obsessivo de controle e à paranoia, acaba levando o relacionamento com sua mulher ao sufocamento, ao conflito. Tudo parece volátil e muito frágil por conta da instabilidade emocional não só de quem sofre com a depressão, mas de quem está no entorno. Um retrato sincero de como é impossível compreendermos o outro em sua totalidade, ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre a possibilidade de um caminho compartilhado, se existir empenho, empatia, adaptação e, principalmente, espaço para o universo de cada um. Importante para a compreensão de que o enfrentamento do sofrimento mental é um trabalho conjunto.

“Geração Prozac” é um filme dirigido por Erik Skjoldbjærge e estrelado por Christina Ricci. Conta a história de Elizabeth Wurtzel, uma jovem que começa a estudar Jornalismo em Harvard e que luta contra a depressão. O filme é sob o ponto de vista da protagonista e, assim, criamos uma relação empática com ela. As complexidades dos relacionamentos com a família, amigos e até mesmo com a terapeuta são bem exploradas, nunca caindo no maniqueísmo. Interessante também como o filme aborda a importância dos medicamentos, que muitas vezes são encarados com muito preconceito pela sociedade. E mesmo sendo uma narrativa que se aproxima bastante do real e não se intimida em ir fundo nos sentimentos da protagonista (afinal foi baseada num livro escrito pela própria Elizabeth), há o cuidado de se mostrar a saída, as possibilidades de enfrentamento do problema.

Aqui você encontra Indicações de filmes que estão relacionados aos temas abordados nos programas. 

Dicas Cinematográficas LGBT
com  Raquel Gomes

A representatividade e representação LGBT no Cinema e na TV ainda é muito falha e por isso destaco produções que mostram como é possível (e necessário) abordar a temática de forma a promover reflexões e debates abertos e saudáveis, além de claro, serem boas opções de entretenimento.

Série:

Divinas Divas, de Leandra Leal

Ganhador do Oscar de Melhor Filme deste ano, Moonlight é a história do amadurecimento de um homem negro em descoberta de sua sexualidade. Acompanhamos sua jornada desde menino, passando pela adolescência e fase adulta. Além de sensível, o filme é muito bem realizado tecnicamente, com direção de arte, fotografias e atuações impecáveis.

“Divinas Divas” é um documentário brasileiro dirigido por Leandra Leal, que fala da trajetória da primeira geração de travestis do Brasil. Inclusive tem a grande Rogéria, que infelizmente faleceu esse ano, no dia 4 de setembro e foi uma das pioneiras e uma das personalidades mais importantes para a luta LGBT no Brasil, especialmente para a cena trans. O filme acompanha oito artistas travestis que fizeram história no Teatro Rival do Rio de Janeiro. Esse teatro pertence à família da Leandra Leal há muitas gerações, então ela cresceu nesse lugar e com esse filme ela  passa todo seu afeto e respeito por essas pessoas e por esse teatro. É um filme homenagem, você percebe o tom pessoal de admiração da diretora pelo que ela conta e como ela filma. Ganhou prêmio do público num festival importante dos Estados Unidos e ganhou prêmio do público também  aqui no Brasil, no Festival do Rio. Não deixe de ver, é uma pérola do nosso cinema nacional, um registro histórico da nossa contracultura e dirigido por uma mulher.

Moonlight, de Barry Jenkins
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